Indiesciplinas #10 | Filipe Sambado & Os Acompanhantes de Luxo
Indiesciplinas #10
Bilhete: 3€ (à porta)
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Filipe Sambado & Os Acompanhantes de Luxo
https://filipesambado.bandcamp.com/
FILIPE SAMBADO E OS ACOMPANHANTES DE LUXO é um compêndio de sons organizados na forma de hinos à possibilidade de NÓS sermos outra coisa.
De sermos coisas para as quais ainda não temos nomes.
Quando Filipe Sambado canta “só quero correr até já não fazer sentido”, em ALARGAR O PASSO, dá vontade de ir com ele para esse lugar onde tudo pode ser o que quisermos. É esta maturação pessoal e artística que o Filipe nos mostra com este disco. Um disco onde sentimos o processo: de aceitação e de não resignação. É inquieto mas optimista. Dá e tira e não existem respostas, tudo é sugestão, tudo condiciona, porque “o sul PODE ser o norte de alguém…”.
Quando Filipe Sambado nos estende o single de apresentação e “pede”, ironicamente, autorização ao senso comum instituído ─ “deixem-me lá”─ lança simultaneamente o desafio. Deixem-se lá ser curiosas. Atrevidos por vos acharem bonitos. E mostra como se faz, sem pensar muito no assunto.
E o “passo” deste corpo “alarga” em SÓ BEIJINHOS, a quinta canção, que sem dó nos propõe o desapego à nossa condição: “beijinhos para quem fica, beijinhos para quem vai”…
Filipe Sambado sabe que isto não é só música. E por isso mete corpo na cultura popular: lembra-nos o efeito que causava António Variações ao descer a Rua Garrett poucos anos antes de Filipe nascer. As unhas pintadas do Filipe hoje parecem ser os brincos do António ontem. Se os brincos romperam a norma de como se tinha de Ser, as unhas do Filipe parecem destruir o sentidos atribuídos ao Ser e isto transforma o Filipe em discurso.
Com este Filipe Sambado e os Acompanhantes de luxo, falhamos redondamente nessa prática do desapego.
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DJ Quesadilla
https://www.mixcloud.com/djquesadilla/
Figura incontornável do panorama underground nocturno português e dono do seu próprio mundo, o Mundo Quesadilla, Fábio Costa encarna com a maior pausa e chillness toda a boa onda possível. Espelho para sets que são um mundo apenas possível na sua cabeça, da música ligeira à ao funk japonês, com paragem em festa um pouco por todo o lado.